segunda-feira, 4 de julho de 2011

2011
Cátia F. Ristoff, Cristiane C.M. Blanco, Itamar T. B. Carvalho, Maribel Rigotti Kubiszeski
UNEMAT – Universidade do Estado de Mato Grosso
V Semestre de Pedagogia
30/6/2011
Agenda da Educação Brasileira: Recreio Dirigido

Estado de Mato Grosso
Secretaria de Ciências e Tecnologia
Universidade do Estado de Mato Grosso
Pró-Reitoria de Ensino de Graduação
Faculdade de Educação
Campus Universitário de Sinop
Departamento de Pedagogia














Agenda da Educação Brasileira: O Recreio



















SINOP
2011
CÁTIA FERNANDA RISTOFF
CRISTIANE CARVALHO M. BLANCO
ITAMAR TERESINHA BARBIERI DE CARVALHO MARIBEL RIGOTTI KUBISZESKI







Agenda da Educação Brasileira: O Recreio





Trabalho apresentado à disciplina de Organização da Educação Brasileira e Legislação II do Departamento de Pedagogia – UNEMAT, Campus Universitário de Sinop, sob orientação da professora mestra Sandra Luzia Wrobel Straub como requisito parcial para obtenção do título de Licenciado em Pedagogia.










SINOP
2011
SUMÁRIO


1 INTRODUÇÃO 04
2 OBJETIVOS 06
3 RECREIO 07
3.1 RECREIO, RECREAÇÃO E LAZER 07
3.2 RECREIO: NOVAS APRENDIZAGENS 08
4 PROPOSTA DE TRABALHO 10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 12
Anexo A – Um Recreio Inclusivo 13
Anexo B - Recreio Dirigido: as brincadeiras levadas a sério 15




















1 INTRODUÇÃO

A palavra recreio caiu em desuso, ao longo dos últimos anos, após décadas em que reinou soberana como designação utilizada para denominar o intervalo entre as aulas em uma escola.
Mas o recreio era muito mais que um mero espaço de tempo de 15 ou 20 minutos durante o qual os alunos aproveitavam para comer seu lanche ou ir ao banheiro. Era a hora em que apareciam os craques dos times do intervalo.
Era a oportunidade ideal para emendar aquele papo com a paquera da outra sala. Dava tempo de tirar algumas dúvidas antes da prova que teríamos logo depois. Se alguém não tivesse terminado de ler o livro que a professora pediu, esse tempo até ajudava um pouquinho. Alguns poucos minutos se transformavam em histórias, casos, romances, jogadas geniais ou em provas com resultados mais favoráveis.
O recreio era um momento em que os alunos estavam por conta própria, sem muita supervisão (talvez um monitor, no máximo). Às vezes isso dava confusão, sobrava uma briga ou uma discussão, mas na maior parte do tempo essa liberdade toda resultava em momentos inesquecíveis de amizade e companheirismo.
Tinha até alguns professores que se arriscavam a jogar pingue-pongue, damas ou xadrez com os alunos. Outros mestres vinham aos intervalos para trocar uma idéia, conversar com alguém que estivesse precisando de um conselho, de uma orientação de um amigo ou de uma pessoa mais experiente.
Também aproveitava-se para comer. A maioria do alunos trazia o lanche de casa. Invariavelmente sobravam algumas bolachas recheadas, um pouco de suco, sanduíches preparados com enorme carinho pelas mães. De uns tempos para cá o lanche caseiro foi substituído por produtos como salgadinhos, refrigerantes, bolinhos prontos ou chips.
Ah, também ia-se ao banheiro, é claro que os mais malandros da turma deixavam para depois, assim tinham justificativa para dar mais uma voltinha pelo pátio da escola.[1]
Hoje, a realidade que vemos na maior parte das escolas é totalmente diferente, os alunos aproveitam este momento de liberdade para inventarem brincadeiras cada vez mais violentas e não ortodoxas, por outro lado os mais calmos preferem ficar longe de brincadeiras violentas e correrias formam pequenos grupos de amizades, mas que muitas vezes acabam se envolvendo em pequenos acidentes com os mais agitados, ocorrendo muitas vezes escoriações, brigas, choros e um estresse que acaba atrapalhando na seqüência de aprendizagem em sala de aula.
Para muitos, isso pode parecer normal, pois entendem o recreio como o momento utilizado pelas escolas para que as crianças possam descansar a mente, extravasar suas energias. Para alguns pais é motivo de preocupação, para outro pode ser motivo para denegrir a instituição escolar. Alguns pais, entretanto procuram a direção escolar para saber quais as medidas que esta tem tomado para reverter este quadro.[2]
Desse modo, a questão do recreio torna-se importante e preocupante no sentido de como esse espaço de tempo esta sendo utilizado.
Pensando nisso, apresentamos duas propostas: recreio semi-dirigido e recreio por turmas semi dirigido.
No recreio semi-dirigido as crianças optam por participar das brincadeiras saudáveis como, por exemplo, pular corda, amarelinha, futebol, queimada, jogos que de uma forma ou outra visem a diminuição das ocorrências de acidentes. Tais atividades, podem então, ser observadas pelos recreadores, inspetores e/ou professores , coibindo as atividades mais violentas, ou pelo menos, conversando e demonstrando os riscos advindos de tais ações.
No caso do recreio por turmas, podemos interagir com a proposta acima, intercalando as turmas de menor idade sempre primeiro que os maiores, ficando assim um número menor de crianças para serem assistidas, facilitando o cuidado com as mesmas.
É importante lembrar que cada situação dependerá da colaboração da escola como um todo para que qualquer iniciativa de certo. Neste sentido, percebemos a necessidade de uma proposta de recreio que desenvolva os valores morais e éticos que promovam a interação e a relação das crianças com o espaço físico e com material disponível e também com os outros alunos.
Dessa forma, apresentamos o recreio não apenas como um momento para comer, correr e desenvolver atividades, muitas vezes violentas, mas sim, incorporar na hora do recreio atividades atrativas e lúdicas, de forma a priorizar o lazer, o convívio social, a concentração e dessa forma contornar o ócio, a indisciplina, a agressividade e auxiliar a aprendizagem em sala de aula.
2 OBJETIVOS


Proporcionar aos alunos, na hora do recreio, um momento de diversão, alegria e interação entre as classes, mantendo a disciplina e a ordem, utilizando os espaços educacionais do pátio para a realização de atividades lúdicas no horário do recreio, visando a socialização, o respeito, o desenvolvimento de lideranças e a organização.



























3 RECREIO

3.1 RECREIO: RECREAÇÃO E LAZER


Conforme os estudos realizados, a hora do recreio é o momento em que a criança deliberadamente escolhe para satisfazer os seus anseios que geralmente são voltados para a recreação e lazer.
É possível estabelecer uma relação entre os termos recreio, recreação e lazer, pois designam uma busca pessoal de realização. No entanto, o lazer é definido como o tempo que o indivíduo dispõem para satisfazer seus anseios depois de cumprida sua obrigações, é um tempo vital que cada um procura defender contra tudo que o impede de ocupar-se consigo mesmo. (DUMAZEDIER, 1980, apud Neuenfeld ).
O que nos preocupa com relação ao recreio escolar é a maneira como esse espaço tem sido utilizado pelas crianças. O horário preferido das crianças na escola é o recreio, pois é o momento delas extravasarem toda a energia acumulada durante as atividades em sala de aula, porém, apesar de ser um momento de socialização, o intervalo também é propício para a ocorrência de pequenos acidentes, como quedas, empurrões e arranhões, decorrentes das brincadeiras.
O recreio tem passado despercebido no contexto escolar e as causas estão no fato de ele ser visto como um momento para dar ao professor uma pausa na sua atividade docente e ao aluno um tempo para extravasar energia, descansar ou merendar. Além disso, o recreio é visto na maioria das escolas como um espaço improdutivo.
Há uma grande resistência dos professores quando se propõe um trabalho dirigido de atividades, pois nenhum professor quer abrir mão dos poucos minutos de intervalo a que tem direito, assim os alunos acabam por não serem considerados em todos os aspectos que se fazem necessários.
No entanto, cabe ao educador e aos gestores a responsabilidade de inovar e renovar as práticas educativas, pois através destas é possível notar-se traços da personalidade das crianças, de seu comportamento individual e coletivo e o ritmo de seu desenvolvimento.
O ato de divertir-se cria possibilidades de aumento da auto-estima, conhecimento de responsabilidades e valores, o intercâmbio de experiências e informações através de atividades de socialização.
É nesse sentido, que para Marcellino (1987), o lazer é considerado um veículo de educação que pode ajudar tanto no desenvolvimento pessoal como social dos educandos. É o aproveitamento de todo o tempo livre dos indivíduos orientado por diferentes tipos de animadores, nos diversos espaços urbanos, que proporciona um processo educativo.



3.2 RECREIO: NOVAS APRENDIZAGENS


O intervalo entre as aulas representa um aspecto especial na rotina escolar. Trata-se de momentos em que os alunos podem conversar, brincar, se divertir, fazer amizades.
É o espaço-tempo que os convida a explorar diferentes percursos e aprender algo mais sobre relações grupais. Não é à toa que, para boa parte dos estudantes, o recreio é à hora mais esperada. Quem não se lembra das brincadeiras no pátio?
Muitas experiências significativas se constroem ou se intensificam no período do recreio e cabe aos gestores definir e implantar estratégias formativas para que professores, inspetores e funcionários atuem de forma educativa nos recreios. Afinal, um tempo tão rico para o ensino e a aprendizagem merece muita atenção.
Brincadeiras e jogos durante o recreio podem servir para integrar os alunos com as diversas turmas e idades em um momento de lazer desenvolvendo postura mais harmoniosa. De acordo com Souza (2008 FALTA PÁG**), “jogos e brincadeiras são importantes instrumentos de desenvolvimento das crianças, não é apenas fonte de diversão, mas também podem ser exploradas de diversas maneiras educativas.”
O recreio é um espaço lúdico podendo através dos jogos proporcionar a aquisição de regras, a expressão do imaginário, a exploração e solução de problemas, bem como, a apropriação do conhecimento além de, desenvolver atitudes construtivas, o senso crítico, valorizando o uso das expressões de cortesia, favorecendo a capacidade de liderança. A criança passa então a se interessar por ouvir opiniões e sentimentos, estimulando a inteligência, curiosidade, a iniciativa e a autoconfiança.
































4 PROPOSTA DE TRABALHO


Como gestores de uma Escola Municipal do município de Sinop, temos a intenção de realizar o recreio semi-dirigido, e/ou por turmas semi-dirigido, transformando este espaço em momentos de desenvolvimento pedagógico e bem estar coletivo, virando “a chave” para a socialização das crianças.
Essa proposta parte do principio de que a criança terá a opção ou não de participar das atividades, respeitando desta forma suas vontades.
No recreio semi-dirigido, as crianças optam por participar das brincadeiras saudáveis como, por exemplo, pular corda, amarelinha, futebol, queimada, jogos que de uma forma ou outra visem a diminuição das ocorrências de acidentes. Tais atividades, podem então, ser observadas pelos recreadores, inspetores e/ou professores , coibindo as atividades mais violentas, ou pelo menos, conversando e demonstrando os riscos advindos de tais ações.
No caso do recreio por turmas, podemos interagir com a proposta acima, intercalando as turmas de menor idade sempre primeiro que os maiores, ficando assim um número menor de crianças para serem assistidas, facilitando o cuidado com as mesmas.
Essa idéia surgiu a partir de experiências negativas em deixar as crianças totalmente livres, com aividades violentas e pouco construtivas na hora do recreio, que mesmo sem a intenção de machucar, acabam machucando os colegas em decorrência das ações realizadas.
Para pôr em prática as atividades, propõe-se que os professores se dividam em grupos e todos os dias grupos de três professores façam parte da coordenação do recreio, juntamente com os gestores da escola.
A proposta é que o projeto funcione com oficinas de música, danças, capoeiras, teatro, pintura, jogos pedagógicos e atividades diversas que desperte a convivência social e solidariedade por parte dos alunos.
É importante ressaltar que deve-se levar consideração as opiniões das crianças também, discutir com elas o que elas gostariam de fazer. Pelo menos uma vez por mês, é importante que se realize um levantamento nas salas de aula para verificar as vontades dos alunos. Além disso, propõe-se que em cada sala haja dois ou três alunos responsáveis, juntamente com a coordenação e os professores, na elaboração e andamento das atividades desenvolvidas na hora do recreio.















































REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA


MARCELINO, Nélson Carvalho. Lazer e Educação. São Paulo: Papirus, 1987.

MARCELINO, Nélson Carvalho. Repertório de atividades de recreação e lazer, Campinas, SP: Papirus, 2002. Apud: NEUENFELD, Derli Juliano. Recreio Escolar: o que acontece longe dos olhos dos professores?
Disponível em: http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/RevEducFis/article/viewFile/3479/2512
Acesso: 21/06/2011.

NEUENFELD, Derli Juliano. Recreio Escolar: o que acontece longe dos olhos dos professores?
Disponível Em:http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/RevEducFis/article/viewFile/3479/2512
Acesso: 21/06/2011.

SOUZA, Daniela Rocha de. O Recreio Dirigido: Novas Aprendizagens.
Disponível em: <http://ninanlic.blogspot.com/2008/11/o-recreio-dirigidonovas-aprendizagens.html>
Acesso: 26/06/2011.































ANEXO A – Um Recreio Inclusivo
Inovações no intervalo levaram à maior interação entre os alunos, com mais organização e menos acidentes.
ESPAÇO E DIVERSÃO Com o escalonamento de horários, Joelma garante mais espaço para brincadeiras

Em nossa escola, trabalhamos com inclusão já há alguns anos e sempre fizemos de tudo para que ela aconteça de forma plena. Temos 13 alunos com deficiência e, no ano passado, percebemos que a hora do recreio não estava bem organizada. Eles interagiam pouco com os colegas, pois o pátio estava sempre muito cheio e barulhento, fazendo com que eles se isolassem.
Depois de uma reunião entre a equipe gestora e os professores - que também reclamavam que as crianças voltavam muito agitadas para a classe e era difícil dar continuidade às aulas -, encontramos uma solução. Resolvemos escalonar o intervalo das turmas e começar a oferecer algumas atividades supervisionadas. Dividimos o recreio em três horários. Primeiro saem da sala de aula as turmas de 1º ano, que têm 15 minutos para fazer a merenda, acompanhadas das professoras. Quando elas vão para o pátio, os 2os e 3os anos se dirigem ao refeitório. Finalmente, quando chega a hora de esses últimos irem para a área externa, os 1os anos voltam para a sala de aula e os 4os e 5os anos chegam para fazer a merenda.
Enquanto os alunos estão brincando, as professoras titulares tomam lanche tranquilamente, pois sabem que os pequenos estão sob supervisão. No pátio, ficam as professoras de Educação Física, da biblioteca e da sala multimeios, mais a coordenadora de turno e a vice-diretora. E elas não são apenas observadoras: participam dos jogos e das brincadeiras e estão sempre a postos para promover a socialização de todos.
Com um grupo menor de crianças e todas na mesma faixa etária, a integração aumentou e a confusão diminuiu. Os alunos com deficiência agora se sentem mais seguros e à vontade para participar das atividades e brincar com os colegas, pois contam com o apoio dos adultos.
Com mais espaço disponível, pudemos inclusive introduzir novidades: um rodízio de atividades esportivas, com vôlei, basquete, futebol e boliche, e o resgate de brincadeiras tradicionais, como pular elástico e corda e cinco-marias (conhecida também como jogo das pedrinhas ou dos saquinhos de arroz). Às vezes, montamos alguns cantinhos, como o da beleza, que as meninas adoram.
A organização dos novos horários não foi nada fácil, mas depois que entrou na rotina percebemos os resultados. Valeu a pena. Antes, os alunos se machucavam muito. Agora, isso é mais difícil de acontecer e, nesses casos, o atendimento é rápido. Percebemos uma melhora tanto na inclusão de todos durante o recreio como no retorno à sala de aula. Os alunos estão mais satisfeitos - e os professores também.
(Joelma Idiane Frighetto Flamia é diretora do EMEF Alexandre Bacchi, em Guaporé, RS.)[3]











ANEXO B - Recreio Dirigido: as brincadeiras levadas a sério[4]

“Corre cotia na casa da tiaCorre cipó na casa da avóLencinho na mão caiu no chãoMoça bonita do meu coração”

Brincar é como todos sabem, uma atividade essencial para que as crianças se desenvolvam de forma saudável e, até mesmo, para que iniciem seu aprendizado desde os primeiros anos de vida. No entanto, o mundo contemporâneo, recheado de incertezas e inseguranças, tem restringido não apenas os espaços, mas também as formas das brincadeiras infantis, sobretudo nas grandes metrópoles.
É comum vermos meninos e meninas dependentes das intervenções e das orientações de adultos para sugerir dinâmicas ou para “animar” seus momentos de recreação. As festas infantis e os acampamentos de férias nos dão exemplos claros deste tipo de postura a que as crianças estão submetidas. Não é comum, em ambientes coletivos, observarmos grupos de crianças começarem a brincar por iniciativa própria e se sentindo capazes de dar continuidade a um jogo ou dinâmica sugerida por um colega ou adulto próximo. Já nas situações em que a criança se encontra sozinha, em casa, a parafernália eletrônica, com seus brinquedos e jogos sofisticados, oferece a seus usuários pouco espaço de escolha e de expansão de criatividade.

Figura 1 - Jogo de TabuleiroFigura 2 - Estação da Música


Foi refletindo sobre essas questões que a equipe de educadores do Colégio Pentágono estruturou e pôs em prática, nos momentos de recreação do segmento do Ensino Fundamental I, o Recreio Dirigido. Trata-se de uma proposta previamente planejada para proporcionar oportunidades recreativas de qualidade a nossos alunos, com ênfase especial aos alunos das séries iniciais, recém chegados da Educação Infantil. Nesta série, o foco do professor é ensiná-los a se apropriar do tempo e dos espaços disponíveis, mostrando-lhes as possibilidades de diversão oferecidas pelas auxiliares e já utilizadas pelos colegas mais velhos também. Nesta fase, é possível constatar que a noção de tempo, ainda em construção, faz com eles não sejam capazes de, sozinhos, compreender como é possível aproveitar de forma ampla os 30 minutos de recreio que lhes são oferecidos no intervalo entre as aulas. Ou seja, os adultos à volta precisam orientá-los na construção destas habilidades, dia após dia. De acordo com as concepções de Vygotsky, um dos teóricos mais estudados pela pedagogia contemporânea e que fala do papel da escola no desenvolvimento mental das crianças, uma prática pedagógica adequada perpassa não somente por deixar as crianças brincarem, mas, fundamentalmente por ajudar as crianças a brincar, por brincar com as crianças e até mesmo por ensinar as crianças a brincar.

Figura 3 - Futebol de Botão Figura 4 - Leitura Lúdica

Oferecemos estações de brincadeiras que vão desde os jogos de tabuleiro, jogos de quadra, jogos de mesa a atividades envolvendo a dança, a música, as pequenas dramatizações, a leitura lúdica e as brincadeiras folclóricas. Nessa estação, é muito valorizado por nós o resgate das brincadeiras “antigas”, tais como a amarelinha, o passa-anel, acama- de - gato, a corda, o bambolê, o bilboquê, as cinco - marias, entre tantas outras. Vemos, com emoção, que a simplicidade contida nestas formas corriqueiras de brincar vai ao encontro da leveza e da espontaneidade, tão características da ludicidade genuína do universo infantil.
Vale ressaltar que, muito embora as estações lúdicas montadas sejam oferecidas às crianças no Recreio Dirigido, o brincar espontâneo, que também surge em diversas outras brincadeiras improvisadas por alguns grupos, é muito valorizado e, até mesmo, incentivado nestes momentos. O grupo de auxiliares e inspetores é orientado, então, a acompanhá-los à distância e sempre que necessário fazer as intervenções nos possíveis conflitos que surgem. Ao retornarem às salas, esses mesmos conflitos podem ser explorados pelos professores em debates, discussões e assembléias de classe, de modo a transformá-los em situações de aprendizagem, refletindo sobre o viver e o compartilhar, o respeito ao outro e às regras, a socialização e o respeito aos espaços coletivos, entre tantos outros assuntos.

Figura 5 - Estação de Brincadeiras Folclóricas: Elástico Figura 6 - Estação de Jogos de Mesa

Assim, é possível garantir a nossos alunos a vivência plena de um dos cinco valores do Pentágono que é o “prazer de estar na escola”. E esse prazer torna-se imensurável e reflete-se nas faces coradas dos alunos, sorrisos espontâneos e manifestações de alegria.
Como é bom brincar, só brincar!

Mitzi MonizCoordenadora Pedagógica do Ensino Fundamental I da Unidade Morumbi





Depoimentos dos alunos

“ Agora eu gosto mais do recreio, porque dá para escolher a brincadeira melhor.”Gustavo Henrique- 5º ano A


“ No recreio dirigido, a gente se diverte bastante. Mas, quando eu não quero brincar, eu leio um livro.”Aurora G. Haas 3º ano A


“ A nossa mãe disse que quando ela era pequena, ela brincava dessas mesmas brincadeiras que tem aqui no colégio”.Beatriz, Carolina e Luíza Barretto Hesser, 3º ano A


“No recreio comum, a gente brincava um para cada lado. Agora, a gente brinca junto. É bem mais legal!”Marcella Gentile 5º ano A








[1] Texto adaptado do site: http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=230
[2] Texto adaptado do site: http://pt.shvoong.com/books/1906363-hora-recreio/#ixzz1Qgf98I3q
[3] Publicado em NOVA ESCOLA GESTÃO ESCOLAR, Edição 011, DEZEMBRO 2010/JANEIRO 2011.
Disponivel em: http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/diretor/recreio-inclusivo-inclusao-diversao-lazer-611009.shtml
[4] Artigo retirado do site: http://www.educacional.com.br/escolas/mural/lenoticia.asp?id=316201&EscolaId=58500001
Colégio Pentagono – São Paulo

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